O mercado físico do boi gordo voltou a se deparar com preços mais baixos nesta quarta-feira (17).
De acordo com o analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos mantém escalas de abate mais confortáveis em grande parte do país, posicionados para o restante de setembro.
Segundo ele, a incidência de animais de parceria (contratos a termo) contribuiu de maneira decisiva para esse cenário. “Outro elemento de pressão a ser considerado é a recente movimentação cambial, com o real bastante valorizado, com juros atrativos neste momento”, diz.
Como contraponto, Iglesias ressalta que as exportações de carne bovina prosseguem com volumes bastante expressivos no decorrer de 2025.
Preços médios do boi gordo
- São Paulo: R$ 302,75 — ontem: R$ 305,50
- Goiás: R$ 289,29 — R$ 291,43
- Minas Gerais: R$ 287,65 — R$ 288,24
- Mato Grosso do Sul: R$ 320,34 — R$ 320,55
- Mato Grosso: R$ 298,78 — R$ 299,26
Mercado atacadista
O mercado atacadista se depara com preços acomodados durante a quarta-feira para a carne bovina. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios volta a sugerir pela queda das cotações no curto prazo.
Isso acontece pelo arrefecimento do consumo durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo.
“Além disso, apesar da recente alta, a carne de frango ainda conta com a preferência da maior parcela da população brasileira, em especial das famílias com menor renda, entre um e dois salários-mínimos”, pontuou o analista.
O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 24,10 por quilo; o dianteiro segue a R$ 18,00 por quilo; e a ponta de agulha se mantém no patamar de R$ 17,10 por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,06%, sendo negociado a R$ 5,3017 para venda e a R$ 5,2997 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2752 e a máxima de R$ 5,3132.