O setor exportou US$ 15 bilhões no mês, registrando um crescimento anual de 6,1%

Em setembro de 2025, a balança comercial do país apresentou superávit de US$ 3 bilhões, resultado de exportações totais de US$ 30,5 bilhões e importações de US$ 27,5 bilhões. Apesar do crescimento nas exportações (7,2%), as importações apresentaram alta ainda mais expressiva (17,7%) em relação ao mesmo mês de 2024, o que resultou em uma redução de 41,1% no saldo comercial. O agronegócio manteve posição de relevância, respondendo por um superávit de US$ 13,2 bilhões, um aumento interanual de 6%, enquanto os demais setores registraram déficit de US$ 10,2 bilhões, queda de 38,5%.
As exportações do agronegócio brasileiro totalizaram US$ 15 bilhões em setembro de 2025, apontando um crescimento anual de 6,1%. Entre os principais destinos, destaca-se a China, com uma participação de 32,8% no valor total exportado no mês. Em seguida, aparece o mercado norte-americano, que, mesmo após a imposição do “tarifaço”, permaneceu como o segundo maior comprador, embora sua participação tenha caído de 7,9% em setembro de 2024 para 4,5% no mesmo mês de 2025. Os Estados Unidos ficaram à frente de países como Holanda (3,1%), Egito (2,9%) e Espanha (2,5%).
Entre os produtos que contribuíram para o aumento das exportações do agronegócio, destaca-se a soja em grãos, cujas vendas externas cresceram 20,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, totalizando US$ 3,1 bilhões e ocupando a primeira posição na pauta exportadora do setor. Entre os destinos, a China foi a principal compradora, com um aumento de 57,9% nas aquisições frente a setembro de 2024. Como resultado, o país asiático respondeu por 92,3% do montante das exportações brasileiras de soja, em um contexto em que a China suspendeu as compras do produto dos Estados Unidos devido à guerra tarifária entre os dois países.
A carne bovina também apresentou forte expansão, com aumento interanual de 51% no valor exportado, somando US$ 1,9 bilhão e consolidando-se como o segundo maior subsetor exportador do agronegócio brasileiro. A China manteve-se como principal destino, absorvendo 55,6% do total exportado, com um crescimento de 75,5% no valor adquirido, em comparação ao mesmo período do ano anterior. O México destacou-se na sequência, com uma participação de 3,9%, refletindo uma expansão de sua participação enquanto destino após a retração das exportações para os Estados Unidos.
As exportações de carne suína apresentaram resultados significativos. O valor exportado atingiu US$ 365,2 milhões, marcando um crescimento de 30% em relação ao mesmo mês de 2024, um recorde de exportação. Os principais compradores foram os países asiáticos, com destaque para as Filipinas, que absorveram 31,1% do valor exportado, seguidas pelo Japão, com participação de 10,6%.
O subsetor de cereais, liderado pelo milho, também teve desempenho positivo, com um crescimento de 20% nas exportações, totalizando US$ 1,5 bilhão. Os principais destinos de cereais foram o Irã e o Egito, com participações de 19,2% e 19%, respectivamente. Embora a China tenha apurado um aumento superior a 300% nas compras de cereais em relação a setembro de 2024, sua parcela no valor total exportado representa apenas 7,8%.
Para acessar o relatório clique na imagem abaixo. Mais informações sobre o setor agropecuário no Painel de Dados no portal da Faesp.

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