Relatório do Departamento Técnico e Econômico da Faesp mostra que, em agosto, foram criadas 147,4 mil vagas no país e 45,5 mil vagas no estado de São Paulo
O relatório do Departamento Técnico e Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), com base nos dados divulgados pelo Caged, apontou que o Brasil criou mais de 147 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em agosto. Com isso, o número de empregos formais ativos apresentou crescimento tanto na comparação mensal (+0,3%) quanto na anual (+3%), atingindo um total de 48,7 milhões de contratos.
Por outro lado, o setor agropecuário encerrou aproximadamente 2,7 mil vagas no período, o que representou uma queda mensal de 0,1% no total de empregos ativos. Ainda assim, o setor manteve um contingente de 1,9 milhão de trabalhadores com carteira assinada ao final de agosto.
O encerramento do ciclo do café resultou na extinção de 10,3 mil vagas nesse cultivo. Outras atividades também se destacaram em termos de número de vagas extintas em agosto: produção de sementes certificadas (-1.510), cultivo de soja (-934) e cultivo de cebola.
Entre as atividades agropecuárias, o cultivo de cana-de-açúcar manteve o destaque na criação de empregos, gerando 2.931 novas vagas. Os cultivos de melão, laranja e uva também criaram número expressivo de vagas formais: 2.371, 1.147 e 1.085, respectivamente. No caso da laranja, isso se deu em função das operações de colheita, que demandaram maior volume de mão-de-obra.
No estado de São Paulo, o saldo de empregos formais também foi positivo em aproximadamente 45,5 mil vagas em agosto. Com esse novo saldo, o total de vínculos ativos em todos os setores cresceu 0,3% em relação a julho, alcançando 14,75 milhões de trabalhadores com carteira assinada. No comparativo com agosto de 2024, o avanço foi de 2,7%.
Pelo segundo mês consecutivo, o cultivo de laranja liderou a geração de vagas no setor agropecuário, com 648 novos postos em agosto, avanço impulsionado pela continuidade da colheita das variedades de meia estação iniciada em julho. Outras atividades se destacaram no saldo positivo de vagas: atividades de apoio à agricultura não especificadas (+446), cultivo de milho (+313) e cultivo de outras plantas de lavoura temporária não especificadas (+164).
O encerramento do ciclo do café, em contrapartida, continuou impactando negativamente o mercado de trabalho formal paulista, com a extinção de 1.006 vagas em agosto. Também tiveram saldo negativo os cultivos de cana-de-açúcar (-331), de bovinos para corte (-95) e de eucalipto (-54).