Tirso Meirelles participa de evento que discutiu seguro rural

Por: Rogério Cabral

Encontro com lideranças do setor privado foi organizado pelo GRI Institute e aconteceu nesta segunda (13)

Tirso Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar, participou nesta segunda-feira (13) do evento “Seguros no Agro – Como reduzir assimetrias e ampliar capilaridade?”, promovido pelo GRI Institute.

Mediado por Marcos Lopes Prado, sócio do escritório Cescon Barrieu Advogados, o encontro serviu de debate a respeito do histórico da contratação de seguros agrícolas, seus problemas e a condição atual de incentivos públicos.

Dyogo Oliveira, diretor presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), trouxe um gráfico sobre o percentual de área agricultável no Brasil de 2006 a 2025 e explicou a discrepância entre Brasil e Estados Unidos nesse setor e as condições que fazem americanos terem 90% de áreas asseguradas.

Até o momento, no Brasil esse percentual é de 2,3%, podendo alcançar, no máximo, 3%, segundo Oliveira.

Em seguida o presidente do Sistema Faesp/Senar trouxe à reflexão dados e fatos a respeito da política agrícola e os incentivos tecnológicos que serviram de impulso ao agronegócio brasileiro a partir dos anos 70.

Tirso Meirelles destacou que só com uma governança forte e aliada do agronegócio será possível o país crescer e o setor alavancar ainda mais o Produto Interno Bruto.

“O planejamento do Plano Safra é um exemplo do que defendemos e que precisa ser repensado urgentemente. Deixar de ser anual e ser decenal, como o modelo americano, a fim de que se tenha maior segurança jurídica e balizamento econômico a todos os agentes envolvidos”, concluiu.

Diego Melo de Almeida, diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), trouxe ao debate três dos planos governamentais que visam seguridade ao produtor rural: Zarc, PSR e PROAGRO.

Ele explicou da garantia que o governo federal pode oferecer, o enquadramento e as finalidades. Almeida também esclareceu que o ministério tem investido em estudos de adversidades climáticas, principal motivo de sinistros no meio rural, e acompanhado as reivindicações de produtores rurais e entidades do setor.

Almeida também esclareceu que a questão orçamentária é primordial e que o executivo nacional não deliberou, mas espera que até as últimas semanas do ano possam ser aprovados novos valores para a finalidade de prevenção de riscos e seguros.

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