La Niña, chuva, frente fria, ciclone e onda de calor: o que esperar do tempo em outubro

Por: Rogério Cabral

Historicamente, outubro está entre os meses mais quentes do ano no Brasil, especialmente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Em Minas Gerais, por exemplo, é quando a média da temperatura máxima atinge seu maior valor. Não é raro os termômetros passarem dos 40 °C no centro-norte do país — e muitos recordes de calor já foram registrados nesse mês ao longo dos anos.

Ao mesmo tempo, outubro marca o início da estação chuvosa em boa parte do Brasil. Temporais de fim de tarde se tornam comuns no Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul, enquanto o Nordeste segue com pouca chuva e muito calor, principalmente no interior.

Previsão para outubro de 2025

De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), há 71% de chance de formação do fenômeno La Niña durante a primavera. O resfriamento do Pacífico Equatorial já em curso deve influenciar diretamente o clima no Brasil.

A tendência é de que as mudanças na circulação de ventos favoreçam:

  • maior frequência de frentes frias chegando ao Sudeste;
  • formação de corredores de umidade do Norte em direção ao Centro-Oeste e Sudeste;
  • aumento do risco de temporais e chuva volumosa no Sul.

O que esperar em outubro de 2025

Calor extremo nos primeiros 7 a 10 dias do mês, com temperaturas em torno de 40 °C ou mais em estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
Possibilidade de onda de calor no centro-norte do país.
Norte do Paraná também deve registrar dias quentes no início do mês.
Sul do Brasil com chuva frequente e risco de temporais, granizo e acumulados elevados.
Chance de ciclone extratropical próximo à costa do Rio Grande do Sul.
Mais pancadas de chuva na segunda quinzena, com possibilidade de formação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS).
Frentes frias mais fortes podem provocar quedas acentuadas de temperatura no Sul, parte do Sudeste e do Centro-Oeste.
Geada tardia não está descartada nas áreas mais altas do Sul e na fronteira com o Uruguai.

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