O sulfato de amônio vem aumentando sua participação nas importações brasileiras de fertilizantes nos últimos meses. A combinação de preços elevados e relações de troca desfavoráveis tem levado compradores a buscar alternativas menos concentradas, mas mais competitivas.
De acordo com relatório da StoneX, a presença do produto nos portos nacionais, como Santos e Paranaguá, já supera a expectativa de chegada da ureia, tradicional referência no mercado de nitrogenados.
Demanda em alta e logística pressionada
Segundo Tomás Pernías, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, a procura por fertilizantes de menor concentração eleva o volume total importado. Como consequência, cresce a movimentação nos portos justamente em um período de demanda firme.
Esses produtos exigem mais toneladas para oferecer a mesma quantidade de nutrientes que fertilizantes de maior concentração. A estratégia, no entanto, vem sendo adotada como alternativa para reduzir custos e garantir o abastecimento.
Perspectivas para o fim do ano
A expectativa é de que as importações de nitrogenados continuem em ritmo acelerado até o fim de 2025. A demanda da segunda safra de milho, que depende de altos níveis de nitrogênio, deve sustentar esse movimento.
Para Pernías, a dúvida agora é se o sulfato de amônio seguirá na liderança das importações ou se a ureia voltará a recuperar espaço no mercado brasileiro até o encerramento do ano.