Por José Luiz Tejon
Semana passada dois especialistas, dois competentes e sábios do ecossistema do complexo do agronegócio brasileiro tiveram uma convergência importantíssima com a mesma visão. Um Roberto Rodrigues, que já foi ministro, é professor emérito da FGV, indicado agrícola para a COP-30, presidiu a Aliança Internacional do Cooperativismo, uma série de feitos e fatos e ele disse: “precisamos de um planejamento estratégico”, e colocou à disposição a FGV para a elaboração de um Plano Agro 50 com tudo que é necessário olharmos sobre o ponto de vista competitivo estrutural do antes, dentro e pós-porteira das fazendas para o desenvolvimento estratégico deste complexo de alimento e energia, meio ambiente que significa algo vital para a vida do planeta, planejamento estratégico.
E outro competente e sábio, o embaixador Rubens Barbosa, que já foi embaixador do Brasil nos Estados Unidos convivendo com dois governos opostos, um democrático e um republicano, Clinton e Bush, e no Brasil convivendo também com uma passagem do governo Fernando Henrique para Lula e que trouxe uma visão muito similar de Roberto Rodrigues. Ele disse: “não temos uma estratégia”, nos falta uma estratégia sob o ponto de vista diplomático, e neste momento do tarifaço, da guerra comercial de Donald Trump, ele enfatiza a importância de uma estratégia brasileira, não só nos Estados Unidos, mas acentuando o quanto nós devemos e precisaríamos de todos os esforços para assinarmos o documento e o acordo com a União Europeia, porque com a UE ficamos numa posição de centro do mundo para trabalhar as suas extremidades, tanto de um lado quanto do outro.
Rubens Barbosa afirmou recentemente em encontro do Conselho Superior do Agronegócio (COSAG), da FIESP, nos falta uma estratégia e comunicação, divulgação, da mesma forma que Roberto Rodrigues sempre tem enfatizado a necessidade de uma estratégia que envolva obrigatoriamente comunicação e neste pronunciamento último, o embaixador Rubens Barbosa, sobre o momento em que estamos vivendo, ele fez uma colocação que foi aplaudido por todos dizendo: “presidente Lula, telefone para o Trump, se ele não atender chame a imprensa para que o mundo todo saiba que você telefonou e ele não atendeu”.
Portanto, eu quero abrir essa semana do nosso agroconsciente com a visão estratégica destes dois brasileiros que são competentes e que têm suas vidas como prova de trabalhos fundamentais. Ambos enfatizam: “planejamento estratégico do país e divulgação, comunicação competente não só para os brasileiros, mas para o mundo inteiro. Um plano pensar Brasil neste momento de polarização, de guerras, de ódios, de riscos internacionais. É um momento especial para pensarmos no Brasil. Parabéns a Roberto Rodrigues e ao embaixador Rubens Barbosa e que vozes de líderes como esses possam ecoar e inspirar a todos nós! Agroconsciente, mentes conscientes!
*José Luiz Tejon é doutor em Educação pela Universidad de La Empresa/Uruguai, mestre em Educação Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie, jornalista e publicitário, com especializações em Harvard, MIT e PACE/USA e Insead na França. Colunista da Rádio Eldorado e Estadão On-line, autor e coautor de 37 livros. Coordenador acadêmico de Master Science Food & Agribusiness Management pela Audencia em Nantes/França e FECAP/Brasil. Sócio Diretor da Biomarketing e da TCA International. Profissional Head Agro Anefac. Prêmio Personalidade Agro ABAG 2023. Ex-diretor do Grupo Estadão, da Agroceres e da Jacto S/A.