Programa visa capacitar o produtor rural ao gerenciamento e melhoria dos processos de administração e gestão de sua propriedade
O novo ciclo de 24 meses da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural em São Paulo (Senar-SP) foi oficialmente iniciado nesta terça-feira (22), em Indaiatuba.
Nesta nova etapa serão atendidas 105 turmas, 3.150 propriedades rurais e o programa contará com 105 técnicos de campo — divididos em 54 para a cadeia animal e 51 para a vegetal — que responderão a nove supervisores. Cada técnico atenderá 30 propriedades.
O presidente do sindicato rural de Indaiatuba, Wilson Tomaseto, foi o primeiro a falar para a plateia de técnicos e supervisores e chamou a atenção para o crescimento urbano do município, que “recebe de 12 a 15 mil novos habitantes todos os anos”, como observou.
“Esse aumento acaba impactando em áreas agricultáveis da nossa cidade. Infelizmente, é uma grande perda de produtividade e chama atenção de todo o setor. Por isso louvo e parabenizo o Senar pela Assistência Técnica e Gerencial, que é um projeto maravilhoso e ajuda a mater o homem no campo”, concluiu.
O superintendente do Senar, Mário Biral, ressaltou a vocação da instituição na formação profissional dos produtores e reiterou a importância da ATeG. “É preciso ajudar o produtor a criar hábitos de gerenciamento e organização de sua propriedade, além de pensar em todo o contexto das questões econômicas inerentes ao seu negócio.”
Para o presidente do Sistema Faesp/Senar, Tirso Meirelles, os técnicos precisam estar preparados para a missão de atender os produtores rurais e para tal precisam refletir sobre suas atuações. “O trabalho de vocês é ajudar a melhorar, perceber e identificar a vocação das propriedades rurais, e apresentar metodologia e ferramentas que ajudarão o homem e a mulher do campo”, explicou.
“Importante que tenham em mente que não irão somente trabalhar a ATeG, mas que são, de fato, a esperança dos produtores rurais, levarão conhecimento a pessoas que tanto necessitam.”
Os analistas técnicos da ATeG, Angelo Morales e André Oliveira, fizeram a apresentação técnica e metodológica aos técnicos que trabalharão no novo ciclo e ressaltaram a importância com de seguirem a normativa do programa, de serem diligentes e atentarem-se a condutas éticas e morais.
Jair Kaczinski, gerente do Senar, ressaltou que em 11 anos da Assistência Técnica e Gerencial o Senar nacional já atendeu 300 mil propriedades rurais. Esse número expressivo reforça o compromisso do programa e dos técnicos em entregar uma assistência rigorosa e que ajude o produtor a encontrar melhorias para sua renda e sua produção.
PRIMEIRO CICLO
Paulo Forti, engenheiro agrônomo, cadeia de apicultura, sindicato rural de Avaré
“Houve um ganho potencial de todos os atendidos, desde a parte gerencial, que é a ATeG, como também da técnica, que envolvem a produção.
Das 27 pessoas que concluíram (infelizmente, três que iniciaram o programa tiveram problemas que os impediram de terminar) não tinham nenhuma experiência com apicultura. Mas nestes dois anos estiveram abertos a receber conhecimento da parte técnica e gerencial — que foi um fator novo para eles —, que gerou um ganho potencial, tanto da produção em si quanto do gerenciamento financeiro.”
João Vitor, engenheiro agrônomo
“A ATeG foi um divisor de águas na vida dos produtores atendidos, tanto na parte de gestão quanto na produção. Teve muitos casos de sucesso na nossa área, em bovinocultura de leite. Conseguindo alcançar resultados num curto prazo.
Ações simples na parte de reprodução, sanidade e manejo, por exemplo, ajudar o produtor a atingir uma evolução e uma quantidade bem alta na produção de leite. A ATeG está sendo uma revolução para o pessoal da nossa região.”
Nayara Garcia, técnica de campo da ATeG, cadeia de fruticultura perene pelo Sindicato Rural de Jales
“Trabalhamos com produtores da cadeia de citrus e uva, principalmente, atuando com melhorias na produtividade dessas culturas levando conhecimento e tecnologia aos produtores ruais, associado ao incentivo de sucessão familiar, em busca de melhorias no campo e atingindo excelentes resultados. Isso demonstrou que quanto mais a gente aumenta a produtividade no campo melhor será a rentabilidade aos produtores.”
Fabrício Fagundes, engenheiro agrônomo, sindicato rural Caconde, na cadeia de cafeicultura
“De início, os produtores atendidos não sabiam, por exemplo, dados sobre custo de produção, informações de inventário da propriedade, quais eram seus gastos correntes e o custo por saca. A ATeG, através de sua metodologia, ajudou-o a fazer uma gestão financeira criteriosa e possibilitou o incremento da produção com a parte técnica.
Ao longo do atendimento de dois anos os produtores rurais puderam identificar recursos disponíveis, como e onde se gastava mais, fazer análise de solo, entre outras ações alavancaram a produção e a qualidade de seus cafés.”
NÚMEROS
Foram atendidos 1.700 produtores rurais, num total de 88.952 horas, das cadeias produtivas de apicultura, bovinocultura de leite, bovinocultura de corte, cafeicultura, floricultura, fruticultura perene, olericultura e silvicultura (heveicultura). Os números do primeiro ciclo de assistência demonstram a importância e a força do atendimento aos produtores: foram atendidos 57 grupos (turmas de 2023 e 2024); 1765 propriedades; e 22.238 visitas até o último dia 15.
Galeria
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