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Prêmio CNA Brasil Artesanal tem três queijarias artesanais de São Paulo entre as melhores do país

Por: Rogério Cabral

Cerimônia ocorreu na terça (22), na sede da entidade, em Brasília e reuniu produtores de diversas regiões

Na última terça-feira (22), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou a cerimônia de premiação do Prêmio CNA Brasil Artesanal voltado ao reconhecimento dos melhores queijos produzidos por pequenos e médios produtores rurais de diversas regiões do país.

O evento contou com a presença de autoridades do setor agropecuário, como o presidente da CNA, João Martins, dirigentes de federações estaduais, representantes do Senar e do Sebrae, além de produtores e convidados.

Fábio Krieger, gerente de Competitividade Setorial do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, também falou na abertura do evento. O concurso foi realizado em parceria com o Sebrae, por meio do projeto Juntos pelo Agro

“A partir do Juntos pelo Agro, um programa colaborativo, impulsionamos esse setor para que os pequenos produtores conquistem mais valor e mais espaço no mercado para os seus produtos”, afirmou.

Os 15 produtores rurais finalistas receberam certificados. Eles foram divididos em três categorias: tradicional com maturação entre 30 e 180 dias; com tratamento térmico; e com adições de ingredientes como condimentos, aromatizantes ou outros elementos. Cada categoria contou com cinco finalistas.

Os primeiros colocados em cada uma das três categorias foram Leomar Melo Martins, do Sítio Aliança, de Santana do Itararé (PR), com o queijo Maná Paraná (Tradicional); Carlos Henrique Lamim, do Rancho Maranata, de Virgínia (MG), com o queijo Maranata Ouro (Tratamento Térmico); e Luzita Camargo, da queijaria Mulekinha, de Ibiúna, com o queijo Montanha (Adição/Condimentos).

O Prêmio Brasil Artesanal é uma iniciativa do Programa Nacional de Alimentos Artesanais e Tradicionais da CNA que promove concursos desde 2019 voltados à valorização de pequenos e médios produtores rurais.

Além de queijos, a premiação já contemplou alimentos como chocolates, salames, cachaças, charcutaria, azeites e vinhos, cafés especiais, mel e cervejas artesanais. O objetivo é incentivar a profissionalização da atividade e agregar valor aos produtos.

DEPOIMENTOS

Luzita Camargo, de Ibiúna, que ficou em primeiro lugar na categoria Adição/Condimentos com o queijo Montanha. A produtora se define como muito crítica e diz que procura sempre fazer queijos cada vez melhores. Apesar de a Cabanha Mulekinha já ter sido premiada em outros estados, como Minas Gerais e Santa Catarina, o Prêmio da CNA “foi uma coroação”, afirma.

“Fazemos queijos desde 2013 e sempre queremos inovar, oferecer um produto genuíno e esse reconhecimento é o um combustível para seguirmos essa meta.” Para seu marido, Airton Celso, há um fator primordial na qualidade dos queijos Mulekinha: a matéria-prima. “Não se faz um bom queijo sem boas vacas. O queijo só é bom se a água e a alimentação dos animais forem boas”, resume.

Ainda na categoria Adição/Condimentos Martina Sgarbi, da QJO Martina, ficou em 5º lugar, com o Marmoratto. Para a ex-gerente financeira o prêmio ajudará em uma maior visibilidade. Produzindo desde 2019 e com quase 10 prêmios já conquistados, Martina afirma que o quer mesmo é fazer “queijos sem química e sem conservantes”. “Esse sempre foi meu propósito. E quando falei disso em meu discurso, enfatizando o amor e a dedicação para fazer um queijo de qualidade, fui aplaudida de pé.”

Ela conta que as coisas não se deram da noite para o dia. Fez um plano de negócios, buscou cursos nacionais e internacionais (na Itália e na França onde esteve por três vezes) e cuida pessoalmente de cada etapa da preparação.

Tamanho empenho e dedicação se traduzem também em compromissos. Integra o Caminho do Queijo Paulista (conjunto de 16 produtores de queijos artesanais) e o Guilde des Formage (associação francesa de queijeiros artesanais), da qual é jurada para prêmios internacionais. Além disso possui o Selo Arte, do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária), que permite vender para todo o Brasil.

Outra produtora de São Paulo também foi premiada. O queijo Bambu, da Elied Queijaria, ficou com o 3º lugar na categoria Tradicional (Maturado). Eliete Roman Duarte conta que nem pensava em fazer a inscrição, pois considerava a competição muito criteriosa.

“Meu marido foi quem disse que deveríamos participar.” “Se perdermos algo será só dois queijos e a taxa dos Correios”, conta ela, sem conter o riso e a satisfação.

Segundo a produtora, apesar dos três anos de fabricação artesanal, a queijaria já foi premiada em outras duas ocasiões, ambas em Blumenau, uma delas com o novo xodó da Elied, o Nevoeiro, um queijo de mofo branco.

“O Prêmio CNA tem proporcionado enorme repercussão para nossa marca, não só pelo povo e a prefeitura de Urupês, nossa cidade, como por outros produtores. Somos muito gratos à entidade por toda essa experiência.”

Galeria

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